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julho 2, 2010

INDISCIPLINA ESCOLAR/ LARA

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INDISCIPLINA ESCOLAR
Lara Moraes da Silva Lima * 2010

INTRODUÇÃO
Indisciplina:
• Procedimento, ato ou dito contrário à disciplina; desobediência; desordem; rebelião.

Içami Tiba define disciplina como:
(O) conjunto de regras éticas para se atingir um objetivo. A ética é entendida, aqui, como o critério qualitativo do comportamento humano envolvendo e preservando o respeito ao bem estar biopsicossocial .

A questão da indisciplina é uma das mais preocupantes atualmente em nosso meio, pois é algo real e vivenciada não só nas séries iniciais do ensino fundamental, mas em todos ambientes escolares e séries de ensino, seja em escolas públicas ou privadas. Tenho como objetivo nesse texto, ressaltar algumas das causas da indisciplina, lembrando que não existe apenas um culpado por este comportamento, e principalmente abrir os nossos olhos enquanto educadores para a realidade e responsabilidade que em nossas mãos está posta, ou seja, de todos os responsáveis pela indisciplina, vejo que o professor deve ser o primeiro a analisar sua postura enquanto educador e mediador da aprendizagem, é certo que a escola, a família e o próprio aluno também devem fazer sua parte, porém o professor é a base, a estrutura e por isso tem uma grande parcela na responsabilidade de se transformar e transformar seus alunos. A indisciplina é intrigante, pois deixa o professor muitas vezes cheio de dúvidas quanto a sua maneira de atuação com alunos indisciplinados, entretanto, o que mais intriga mesmo é saber de fato o que causa indisciplina.
São muitos os conceitos voltados para a causa da indisciplina: é a estrutura da escola, é a família, é a conduta do professor, é o comportamento do próprio aluno, etc., como também são muitos os que recebem o rótulo de “culpados” pela tão indesejada indisciplina, sendo que na verdade todos: a família, a escola, o professor, o aluno, cada um tem sua parcela de culpa quanto à esse comportamento. É injusto que a responsabilidade caia nas costas somente da família ou somente da escola, pois o que presenciamos infelizmente é isso: a escola culpa a família e essa por sua vez, joga toda a responsabilidade na escola.
Daí, uma questão que já é difícil de resolver, torna-se ainda mais complicada, pois cabe a ambos trabalhar em parceria, buscando ajuda um no outro, dividindo as dificuldades, procurando juntos a melhor maneira, a solução para a resolução ou até mesmo a diminuição desse problema. Sabe-se que unir família e escola não é uma tarefa fácil, na maioria das vezes os pais na correria do dia a dia em busca de melhorias econômicas deixam os filhos ao leu, sem demonstrar carinho, afeto e atenção, resultando na criança uma revolta irreversível e daí o mal comportamento na escola e um ser sem limites em meio a sociedade. Por outro lado, o diálogo entre escola e família é fácil de ser assumido na teoria, na prática falta confiança e aparecem os preconceitos, que muitas vezes terminam por esgotar qualquer possibilidade de uma relação dialógica (PERRENOUD, 1999). É importante que escola e família se combinem a trabalhar juntas para que haja avanço na vida da criança seja individual ou em meio a sociedade, pois enquanto a escola ensina uma coisa e família vai para outro lado a realidade continua a mesma.
Acredito que com a diminuição da indisciplina, mesmo que seja algo pouco notável, já é sim um grande avanço, pois quando nos vemos em uma situação em que chegamos à pensar: “ será que ainda tem jeito”? .E depois de uma busca, já ver um resultado mesmo que pequeno, a empolgação cresce dentro de nós de maneira que nos deixa ousados pela busca da nossa melhor atuação enquanto educador e da disciplina e aprendizagem de nossos alunos. Mas, essa ousadia deve partir de nós professores, pois de fato somos nós quem vivenciamos de perto e participamos direta e indiretamente na vida e na aprendizagem de nossos alunos, e nossa conduta quanto à trabalhar a questão da indisciplina em sala, com os alunos é imprescindível. O professor deve procurar ser amigo de seus alunos, deve também saber dirigir um bom diálogo entre eles, deixando-os livres, sem pressão, sem broncas, deixando – o ser como é.
É importante que a escola tenha seus princípios, objetivos, regras e esteja preocupada em preparar os alunos para a vida, para a felicidade e apresente à todos os seus participantes: professores, alunos, coordenadores, pais, etc , os seus objetivos, cabendo à esses respeitar e segui-los, facilitando assim o extermínio da indisciplina e a preparação para uma vida de felicidade e sucessos. Como nos acresce Celso Antunes: “A escola é um centro profissional, é um ambiente onde se aprende à trabalhar,é o espaço onde se busca construir projetos e definir caminhos.”(Disciplina e indisciplina na escola).
“Verifica-se que toda escola pública deve ter um regimento interno, de conhecimento geral, que contemple os direitos e deveres do alunos. Este regimento deve ser claro e de conhecimento de todos os alunos para poder exigir-se o seu cumprimento”(TIBA, Içami p. 117 e 145)

A ESCOLA: SUA ESTRUTURA, SUAS NORMAS E AÇÕES, COMO FATOR CAUSADOR DA INDISCIPLINA.
Sabemos que à alguns anos atrás essa questão da indisciplina praticamente não existia em nosso meio, acredito que devido às normas e regras que eram estabelecidas em casa e também pelas escolas, os alunos tinham mais respeito, não diria temor, pois na verdade o que importa é ter respeito. O descompromisso por parte do aluno tinha em conseqüência um castigo, algo que o deixava com receio e muitas vezes o impedia de praticar rebeldias, fato que atualmente é praticamente normal em nosso meio.
Entretanto, sabemos também que muita coisa mudou nesses últimos anos, a escola não está tão repreensiva, e sua organização interna muitas vezes deixa a desejar, principalmente quanto à postura de alguns alunos, que muitas vezes agem indisciplinadamente só porque sabem que nada pode lhes acontecer, nenhuma repreensão, ou algo que os façam refletir, etc… .Concordo que o período da palmatória, do comportamento quase militar por parte da escola, era muito cruel. Porém, acredito que muitos alunos hoje aprontam simplesmente porque algumas instituições de ensino não apresentam um pulso de reflexão para trabalhar com alunos indisciplinados, um ato que seja, para deixar esse aluno refletir seus erros e começar a ter respeito à ele próprio e aos demais a sua volta.
Atualmente trabalho na Escola de Tempo Integral Paulo Freire, localizada em um bairro cortado pela BR 010, fato que para mim influencia e muito no desinteresse das crianças à não quererem ir para a escola, afirmo isso, porque já presenciei muitas vezes essas crianças à beira da estrada e até mesmo no meio dessa, tapando buracos para ganhar moedas, enquanto poderiam estar em um ambiente legal, alegre, divertido e o melhor poderiam estar aprendendo muitas outras coisas, em uma escola. Mas, pelo contrário, o querem é lavar painéis de carros, estar nos pátios dos postos de abastecimentos, qualquer lugar onde consigam algumas moedas e muitas vezes aprendam também a serem pessoas agressivas e sem respeito.
Quando os perguntamos por que estão ali, respondem que querem dinheiro para ajudar as mães, na verdade são crianças de classe baixa e tem pouca assistência familiar, é uma realidade delicada para nós que agora recebemos na escola essas crianças, que precisam e muito de amor, de carinho e atenção. Então é importante que a escola tenha um visual agradável com cara de criança, uma estrutura favorável que os chame a atenção, que os deixem contentes por estarem ali, para que nem sintam falta dos locais que freqüentavam antes de aqui chegar. Essas crianças como todos sabemos ficavam na escola apenas um período, sendo que no outro período do dia andavam para todos os lados do bairro ou da cidade, agora eles estão vivenciando momentos totalmente diferentes, passam praticamente o dia todo dentro da escola, e agora é que estão começando a se adaptar melhor com a idéia.
A escola é muito bonita, nova, diferente, os alunos tem uma espaçosa quadra de esportes, mas essa tem os momentos cronograma dos por cada turma para ser usada, laboratório de informática, biblioteca. Porém a meu ver, essas crianças precisam de momentos ao ar livre, interação com os alunos das outras salas, ficam muito tempo dentro das suas salas, que é um ambiente um tanto preso, quentes, abafadas e cheirando mal, deixando-os muitas vezes incomodados, querendo por tudo sair para fora. A escola necessita de aspectos físicos dos quais os alunos precisam para que aconteça uma melhor interação, motivação e conseqüentemente um comportamento que reflete na aprendizagem. Criança gosta de correr, pular, conversar, soltar as energias que não são poucas e muitas vezes, a escola não tem um espaço, um momento propício a isso, em conseqüência, o aluno pula, salta, grita, libera todas as energias ali mesmo dentro da sala de estudos. Enquanto que poderiam muito bem estarem todos juntos, em um pátio bastante espaçoso, brincando, interagindo com os colegas das demais séries.
Professora Luciene Tognetta da Unicamp, ressalta com clareza, para entendermos melhor as palavras do psicólogo austríaco Alfred Adler( 1870-1937),afirmando que: “A escola é, sem dúvida, a instituição do conhecimento, mas é preciso deixar espaço para a ação mental da turma.” A ação da mente da criança é algo indispensável em sala nos momentos de estudos pois é o reflexo da aprendizagem,é quando põem em prática o que aprenderam, fato que ocorre também quando a turma se reúne e podem interagir conhecimentos.
A direção da escola, a coordenação, o corpo docente, os alunos e os pais, precisam estar unidos, um precisa olhar para a necessidade do outro e juntos desenvolver projetos para a melhoria do andamento da disciplina e da aprendizagem escolar. É essencial que haja harmonia entre todos para que assim possamos chegar ao encontro da tão sonhada calmaria disciplinar. Porém, sabe-se que esta não é uma questão que se resolverá da noite para o dia, é preciso calma, temperança, força de vontade e o principal: o “despertar” do professor quanto a sua atuação enquanto educador, revendo suas idéias quanto a indisciplina e o que realmente está por trás dela em sua sala.
O PROFESSOR COMO FATOR CAUSADOR DA INDISCIPLINA E SUAS AÇÕES DE INTERVENÇÃO NA VIDA DE SEUS ALUNOS.
É indispensável deixar de abrir os nossos olhos e vermos também o professor como um dos fatores causador da indisciplina escolar, geralmente, quando se fala em indisciplina, o professor rapidinho encontra vários motivos para apresentar a causa da indisciplina em sua sala, como exemplo: “os alunos não prestam atenção em nada e não param de conversar, os alunos dizem que não estão nem ai pra nada, falam grosserias e palavrões, a família não nos ajuda são os primeiros a dizer que não sabem mais o que fazer, os alunos são agressivos demais”, e assim por diante.
Muitas vezes queremos obediência, queremos controle, queremos mudanças no comportamento dos alunos, mas não queremos abrir os olhos e vermos que a mudança necessária pode estar em nós mesmos. O engraçado é que o professor dificilmente para, para refletir sua atuação enquanto docente, se realmente está preparado para satisfazer as necessidades educacionais de seus alunos, se o que planeja está realmente voltado para atender essas necessidades e se tem domínio do assunto que irá trabalhar e assim fazer seu aluno aprender de maneira satisfatória e disciplinadamente.
Celso Antunes nos acresce vários exemplos de ações do professor que podem ser a causa da indisciplina em sua sala: “assiduidade e pontualidade do mestre, como a aula foi estruturada, como é a indisciplina administrada, como a classe se organiza.” (Celso Antunes, p24,25,26 – 2002). O professor habitua o aluno, e esse se acostuma com a maneira que o professor costuma agir, se o professor costuma chegar atrasado ou faltar, no dia que tem seus momentos de estudos a turma já fica na expectativa de que ele não aparecerá, e já vira uma bagunça só à sala e então der repente o professor aparece causando o maior desgosto nos alunos que não estavam mas organizados para um momento de estudo. É muito séria a questão da assiduidade e pontualidade do professor. Na Escola de Tempo Integral Paulo Freire, todos os alunos já estão acostumados com a idéia de terem dois professores em sala, quando um professor se ausenta da sala por alguns minutos, os alunos já ficam preocupados querendo saber onde está o outro professor, o que foi fazer, quando que volta pra sala.
Temos a preocupação de sermos pontuais e assíduos justamente para que os nossos alunos vejam a importância de ser presente todos os dias na escola, para aprender, temos também a preocupação em planejar momentos de estudos que motivem ao máximo nossos alunos, pois o que mais se presa é a motivação deles. É bom olhar alguns meses atrás e lembrar quando essas crianças entraram nessa escola, cada um queria ser mas valente que o outro, mas forte, eram bastante agressivos, ouvimos tantos xingamentos, e chegamos a respirar fundo e pensar: “será que vamos mesmo conseguir aplicar a proposta de aprender bem à esses alunos”? E hoje podemos ver o quanto as coisas mudaram, a assiduidade, o comportamento, o interesse, a leitura, a escrita, o respeito pelos professores e colegas, na minha sala mesmo completamos os dois meses sem nenhuma briga braçal entre os alunos, isso para nós foi uma grande conquista, nos alegrou muito.
O professor deve conversar com seus alunos, saber como é sua vida fora da escola, a realidade em que vive, o que gosta e o que não gosta, se é agredido e espancado em casa, entendendo as causas da indisciplina em vez de agir sobre a conseqüência, deve também mostrar aos alunos como quer trabalhar em sala apresentar seus projetos e ouvir os pontos de vista dos alunos, para que aconteçam momentos de estudos e aprendizagem de forma harmoniosa e proveitosa. Como disse Celso Antunes: “uma boa conversa onde o professor coloca o que pretende, mas acolhe sugestões dos alunos, pode fazer com que estes descubram que regras se constroem e que democracia e civismo também se treinam (Celso Antunes, p26-2002).
A boa comunicação entre professor e aluno resulta em grandes soluções de problemas como a indisciplina, a maneira como o professor se dirige ao falar com o aluno, o tom de voz, os gestos corporais, tudo influencia para o bom ou mal comportamento dos alunos, pois quando o professor fala com autoridade, com gestos que deixam o aluno coagido ou melhor, constrangido, esse aluno tende a se revoltar provocando de todas as formas o professor, desrespeitando e atrapalhando o tempo inteiro, mas quando o professor age com temperança e mansidão é mais fácil se ajeitar a situação, uma boa comunicação entre professor e aluno os aproxima cada vez mais.Como nos acresce Adele Faber quanto à questão de situações em que a fala do professor influencia no comportamento do aluno, afirma: “O professor que direciona forças para a busca conjunta de ações criativas mostra que a melhor resposta às dificuldades é enfrentá-las como equipe unida em vez de adversária, e que o aluno é parte da solução e não do problema.”(2005).
O professor deve conhecer como se dá a aprendizagem em sua sala, tendo total domínio e segurança do assunto que quer trabalhar, poderá planejar com segurança, sabendo que seus alunos aprenderão. Sendo que essa é uma maneira eficaz de disciplina e aprendizagem, ao contrario de espernear, gritar com os alunos colocá-los para fora da sala, pois esse tipo de ação causará no aluno revolta e mais indisciplina. O professor precisa saber conquistar o respeito e a confiança de seus alunos, sabendo respeitá-los e depositar neles confiança. “O desrespeito do professor em relação aos alunos também alimenta a indisciplina. Quase 25% dos estudantes afirmam ser vítimas disso de vez em quando – e mais de 12%, que o fato ocorre com freqüência. Quem nunca ouviu uma criança reclamando: “nem me ouviu e já me colocou para fora”? Outra situação corriqueira é a da desconfiança: “ você precisa mesmo ir ao banheiro ou está querendo passear”? ( Adriana de Melo Ramos). Confesso que essa entre outras situações serviram como exemplo a ser seguido por mim mesma, pois muitas vezes já agi com esse tipo de desconfiança, querendo saber se realmente meu aluno precisava ir ao banheiro ou só queria dar uma volta lá fora.
Essas entre outras situações são freqüentes em nosso dia-a-dia, na maioria das vezes, a maneira como o professor age com seus alunos, é causa da indisciplina, Celso Antunes em seu livro “Professor bonzinho= aluno difícil A questão da indisciplina em sala de aula”, nos mostra 30 certos passos que são passos certos, ao ler pude acrescentar para minha maneira de agir com meus alunos, muitos desses passos que estávamos errando feio, e agora temos a oportunidade de fazer diferente, entre os passos gostaria de citar alguns: “movimentar-se todo o tempo, manter-se alerta a todos e todas as ocorrências”, é importante circular o tempo inteiro por toda a sala e acompanhar cada aluno individualmente, não ficar grudado na mesa ou na lousa e deixar que a turma se vire sozinha;
“mostrar sempre uma disposição para manter a calma e a serenidade, mesmo em situações mais difíceis”, muitas vezes perdemos a calma em meio às situações complicadas presenciadas em sala e deixamos de agir como deveríamos por falta mesmo de força de vontade, pois quando o professor quer ele pode agir diferente e fazer a diferença acontecer em sua sala;
“jamais comparar-se a qualquer colega. Nunca comparar um aluno ou uma classe com outra”, essa sem mais questionamentos, para mim foi a mais repreensiva das ações erradas e praticadas em sala, pois muitas vezes já falei e ouvi colegas falarem: a turma do ano tal é mas comportada que vocês e por isso vão para tal lugar e vocês não, que deslize grande ao pensar que fazendo assim os alunos iriam se comportar, pelo contrário é mas fácil eles se irritarem com as comparações. Na verdade como nos disse o autor: “é importante que você e seus alunos descubram-se únicos”;
“Distribuir com uniformidade, serenidade e justiça a atenção a todos”, O professor é um profissional que precisa conviver com uma singularidade, um tanto quanto exótica de dar aulas para muitos, mas de fazer com que cada um deles se sinta um individuo (Celso Antunes, disciplina e indisciplina); É interessante essa questão da individualidade de cada aluno, eles gostam de chamar atenção isso para o lado bom, eles querem ser notados, lembro-me agora de vezes que fiz acompanhamentos nos cadernos das produções textuais e após as observações, costumo colocar: muito bem, continue produzindo você vai longe, acreditamos em você, beijos no seu coração. Mas o interessante nisso é ver a curiosidade dos demais para olhar o caderno do colega e ver o que a professora escreveu no final, pois se por acaso faltou em seu caderno o “beijo no seu coração, posso esperar, pois eles vêm logo reclamar:__ professora porque a senhora colocou o beijo no caderno de fulano e não colocou no meu? Eles costumam até usar uma frase um tanto estranha, perguntam assim: __ “e eu to podre”?
Sabemos que cada um de nossos alunos tem sua individualidade, tem sua diferença, tem os mais amigáveis e também os mais complicados, tem uns com mais facilidade de aprender e outros com muitas dificuldades, cabe ao professor doar toda a sua atenção dividindo-a com toda a turma, ele está ali para atender à todos igualmente;
“Cumprir com integridade tudo quanto prometeu”, o professor não deve prometer para os alunos algo que não possa cumprir e se acaso prometer, tem a obrigação de cumprir, pois agindo assim dará exemplo à seus alunos de serem responsáveis,
“Não fazer exposições que utilizem mais que um minuto e meio para cada ano de idade do aluno”, comentários muito longos e que exijam a máxima concentração dos alunos pode os deixar cansados e desmotivados, o professor em meio o tema trabalhado, como diz no livro: deve “alternar a citação com exemplos, indagações, curiosidades, jogos, desafios, anagramas, gráficos, atividades práticas diversas”;
“Mostrar atenção aos problemas dos alunos”, cada aluno tem uma maneira diferente de aprender e muitas vezes a causa de algumas dificuldades tem reflexos do que a criança vive em casa, ressalto que o professor precisa se chegar para seu aluno tornar-se seu amigo, muitas vezes a criança sente tanta confiança no professor que consegue desabar o que sente e o que vive, consegue se expressar como nunca fez com os próprios pais, quando o professor torna-se companheiro de seu aluno, torna-se também compreensivo à dificuldade de aprender que esse aluno apresenta. Como nos acresce Celso Antunes: “Se possível, ter sempre um tempo para atendê-los pessoalmente. Lembre-se do significado da palavra “companheiro” (aquele que divide o pão), (Celso Antunes, p.54 à 59, 2002). Acredito na proposta do Aprender Bem e por isso mesmo procuro melhorar minha postura como mediadora de aprendizagem e acompanhar de perto e individualmente meus alunos, seus avanços, seus progressos e ajudá-los quando mais precisarem de mim como amiga, para mim ensinar o que sei é um ato amor, estou cumprindo uma responsabilidade que assumi para mim e para aqueles que esperam e confiam no meu potencial enquanto educadora.

PARA CONCLUIR
Por mais que a escola e professores haja em busca da melhoria no comportamento, disciplina e aprendizagem dos alunos, é essencial que jamais desvaneçam e mantenham a postura de acertos, transformando vidas, procurando melhorar sempre sua atuação enquanto docente para que aconteça avanço e mudança nas vidas das crianças que chegam e colocam sobre nossas mãos novas responsabilidades. Pois sabemos que a indisciplina é continua e cada vez que chega um novo ano, conseqüentemente chegam para a escola novas crianças e novos casos de indisciplina.
“É um trabalho que não tem fim. Mesmo que a equipe já esteja atenta e capacitada para encarar a indisciplina sob esse prisma mais amplo, é preciso manter o tema vivo. Porque a escola está sempre em movimento”

REFERÊNCIAS
Antunes, Celso. Professor bonzinho= aluno difícil: a questão da indisciplina em sala de aula- Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
Antunes, Celso. Disciplina e Indisciplina na Escola,( DVD produzido por Edic.)
FABER, Adele…[ et al.] como falar para o aluno aprender. São Paulo: editora Summus, 2005.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Tradução de Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes médicas, 2000.
RAMOS, Adriana de Melo. Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Moral( Gepem), da UNESP, Campus de Rio Claro.
TIBA, Içami. Disciplina – Limite na medida certa. 8ª edição. São Paulo: Editora Gente, 1996.

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